A Redenção de Gabriel.


                                                                                           
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       Há séries que são tão longas que não vemos a hora de terminar logo, mas há aquelas que são tão boas e curtas que ficamos com dor no coração quando terminam; A Redenção de Gabriel é uma dessas. Desde que li a sinopse do primeiro livro fiquei encantada pela história e a trilogia acabou se tornando uma das minhas favoritas. 
    Depois de enfrentarem um grande escândalo com o relacionamento vindo a público, Gabriel e Julia estão casados e vivendo os momentos felizes do casamento recente. Entretanto nem tudo são flores na nova vida deles, Julia foi aceita em Harvard e está focada no doutorado para se tornar professora, já Gabriel agora é professor na Universidade de Boston. 
    O conflito que ameaça a paz dos dois é a busca de Julia por seu espaço no mundo acadêmico, ela deseja ser reconhecida por seus próprios méritos e não viver à sombra do prestígio e sucesso do marido. No entanto, o que viveram em Toronto os segue até Cambridge, agora eles precisam conviver com as fofocas espelhadas por Christa Peterson e os comentários de que Julia só está em Harvard por influência de Gabriel. 
    Tudo fica pior quando Julia é convidada para dar uma palestra em Oxford e apresenta um artigo em que sua pesquisa é contrária a teoria de Gabriel, o público é repleto dos mais renomados especialistas em Dante, e Gabriel tem medo de que a esposa faça papel de idiota na frente de todos; Julia ainda precisa lidar com a presença de Christa que aparece na palestra apenas para atrapalhar sua apresentação.   
    Como se não bastasse tudo isso, a vida privada do casal também passa por conflitos; Gabriel deseja ter um filho, mas Julia quer esperar concluir o doutorado e fantasmas do passado voltam a atormentar Gabriel pondo em risco sua determinação. 
 [...] - Melhor uma ratinha com amor para dar do que uma tigresa indiferente. - Julia empertigou os ombros. - Aquelas mulheres não viam quem ele era de verdade. Não se importavam com seu sofrimento. [...] Eu o amava desde os 17 anos. E o amo por inteiro; a luz e a escuridão, o lado bom e o lado ruim. É por isso que ele está comigo. [...] Mostre seu pior lado, Christa. Mas se pretende seduzir meu marido... não... vai... conseguir..." pág. 99 
   Eu estava muito ansiosa para saber como seria o desfecho da história de Gabriel e Julia, já que no segundo livro temos a trama quase que totalmente fechada com o casamento dos dois. Entretanto, Gabriel é um personagem bem complexo e seu passado ainda guardava muita coisa para ser compreendida e desvendada. 
   É isso que temos nesse terceiro e último livro da trilogia de Sylvain Reynard; torcemos por um final feliz e Gabriel que busca uma absolvição para sua alma, mas para isso ele precisa enfrentar seu passado perturbador. Seus antigos vícios, a rejeição de sua família biológica e seus pecados do passado põe a prova sua força de espírito. 
   Julianne me surpreendeu nesse livro, ela está mais forte, mais madura e mais adulta e dá para perceber isso nos seus diálogos com Gabriel onde ela dá força, incentiva e conforta-o. Entretanto, uma questão que ela me irritou foi seu pânico em ter um filho; pelo amor de Deus! uma criança não é o fim do mundo. Tudo bem que é difícil conciliar com um doutorado, mas não é motivo para todo aquele drama. 
   O que eu admirei bastante foi o apoio e a segurança que Gabriel transmite para ela, tanto nesse assunto quanto nos outros também, mesmo que às vezes seja exagerado porque ele quer protegê-la e defendê-la de tudo e de todos é fofo ver os esforços dele. 
  O livro é narrado em terceira pessoa, mas desta vez o foco não fica apenas em Julianne e Gabriel temos capítulos que tratam sobre Paul Norris, Christa Peterson, Paulina, Simon Talbot, April Hudson e Natalie Lundy, além disso, ainda tem flashes onde acompanhamos acontecimentos do passado de Gabriel e também do início do relacionamento com Julia e de quando eles estavam separados. 
   A narrativa é bem fluída o que faz a leitura ser rápida, uma das coisas que gostei nos livros de Sylvain Reynard é que os capítulos são curtos e o autor(a) não fica com enrolação no desenvolvimento da história é direto, objetivo. Apenas achei que poderia ter um pouco mais de cuidado com os mistérios que envolvem a família de Gabriel, já que é daí que vêm os problemas dele. Senti que ainda faltaram respostas importantes para a superação dos conflitos do personagem. 
  O desfecho também foi um pouco morno sem grandes surpresas, mas satisfatório. Sylvain Reynard se preocupou em dar um final para cada um de seus personagens e fazer com que a história seja marcante com um enredo romântico e referências sobre arte, música e literatura como foi destaque dessa trilogia. 
  A Redenção de Gabriel é um dos livros mais aguardados do ano e para os admiradores da trilogia a história do professor Emerson está ainda mais romântica, intensa e emocionante. Leitura super recomendada para quem não resiste a uma bela história de amor!  
          

Um comentário:

  1. Rafa acompanhei suas resenhas sobre essa trilogia e confesso que fiquei curiosa. Se morássemos mais próximas até que pegava emprestado, mas na real tenho outras prioridades e continuo economizando. Enfim adorei sua opinião.
    Acho essa questão de ter o não filho, muito relativa, cada pessoa sabe ou sente sua vocação. Também tenho um pouco de medo de engravidar etc.

    P.s. Recebi o livro e os mimos que vc mandou, amei tudo principalmente a cartinha. Bjos querida!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

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